19.05.2011

''hoje no teste intermédio havia duas partes, uma de raciocinio e outra de calculo... acabávamos a primeira parte, e esperávamos pela segunda, isso demorou tanto tempo, mas tanto, eram 45 minutos de teste, mas que fiz em 10. e adivinha em que me pus a pensar durante trinta e cinco minutos. pois eu acho que sabes bem a resposta... então peguei numa caneta, e na folha de rascunho que nos deram, e pus-me a escrever, riscar o que escrevi, voltei a escrever o que já tinha escrito. pensei em escrever algo que te tocasse como nunca tinha tocado, para mais tarde leres as minhas palavras, tentei escrever algo realmente intenso. comecei a pensar no que te queria dizer, e cheguei à conclusão que a coisa mais certa que existe entre nós é a ausência. e como essa ausência incomoda. mas agora explica-me, explica-me por favor, como é possivel quando te estou a ver a vires em minha direcção sentir o coração bater tão deforça, e quando vais embora parece que já nem bate? sinto-me uma idiota a escrever-te isto. eu só queria poder carregar-te sempre no meu peito, sentir-te 'vivo' dentro de mim e esperar que nunca te esquecesses de mim. mas porque é que eu acho que isso mais tarde ou mais cedo vai acontecer? sinto-me incomodada a pensar que daqui a dez, vinte e trinta anos já vamos ter a nossa vida formada e depois disso, cruzarmo-nos na rua e apenas dizer um ''está tudo bem?'' e depois de passarmos um pelo outro tenho quase a certeza que vou pensar que nem parece real eu há dez, vinte trinta anos ter sentido uma emoção tão intensa que chegava a transbordar a minha mente. estou a ver a tinta da caneta a acabar, e ainda tenho tanto por te dizer. sinto-me uma idiota como já disse, sou dramática, transitória... e acredita que estou a ser o mais sincera e espontânea, não é nada reencaminhado ou demasiado feito. um beijo enorme, vou receber a segunda parte do teste.''
e hoje? o que é que te escrevo? há tanto por dizer. em quatro meses acontece realmente muita coisa. És tão eterno, tão meu. Escrevemos nas estrelas